O trabalho precário, sem carteira assinada e com baixos salários, está chegando a 40 milhões de brasileiros. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 39,3 milhões de trabalhadores estão sem carteira assinada. A taxa de informalidade nacional chegou a 40% no segundo trimestre do ano. Em 11 das 27 unidades da federação, mais da metade dos brasileiros ocupados trabalham em condições precárias.
A maior concentração dos brasileiros nessa situação se encontra nas regiões Norte e Nordeste. Entre os estados que ficaram bem acima da média nacional estão o Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%). Considerando os estados em que a taxa de informalidade está acima da média nacional, são 17 do total de unidades da federação.
Além do avanço da economia informal, estamos ganhando menos. De acordo com o levantamento, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.652, uma queda de 5,1% em comparação com o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.794).
O IBGE também divulgou a taxa de desemprego, que atinge atualmente 10,1 milhões de brasileiros (9,3% da população economicamente ativa). A taxa está acima da média nacional em 14 estados: BA (15,5%), PE (13,6%), SE (12,7%), RJ (12,6%), PB (12,2%), RN (12,0%), AC (11,9%), DF (11,5%), AP (11,4%), AL (11,1%), MA (10,8%), CE (10,4%), AM (10,4%) e PI (9,4%).