Soa absurdo hoje, mas até 17 de maio de 1990, a homossexualidade era considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. A classificação estigmatizava ainda mais um grupo de pessoas que sempre sofreu discriminação.
A mudança tornou-se um marco na luta contra a intolerância – e a data foi escolhida para celebrar o Dia Internacional Contra a Homofobia.
Infelizmente, mudar a realidade não é tão fácil quanto mudar um documento. Ainda vivemos em uma sociedade homofóbica, que insiste em excluir, reprimir e condenar.
O Brasil é o país onde mais se matam travestis e transgêneros, de acordo com a ONG International Transgender Europe. A cada 26 horas, uma pessoa LGBTQIAPN+ é assassinada ou se suicida.
O suicídio entre a população jovem LGBTQIAPN+ é quatro vezes maior do que o índice visto em heterossexuais.
Quase 1/3 dos estudantes gays, lésbicas e transgêneros é ignorado por ser assim.
Resta-nos comemorar os avanços na legislação nesse período – homofobia é crime, igualado ao crime de racismo. Denuncie, ou ajude alguém a fazer uma denúncia anônima. Quem não respeita a diversidade não pode viver em sociedade.