Cinco tipos de demissão e os seus direitos em cada caso

 Por: Assessoria de Comunicação26/04/2022 09h00
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Atualmente existem no Brasil cinco tipos de demissões. São elas:

  • demissão sem justa causa;
  • rescisão indireta;
  • demissão por justa causa;
  • pedido de demissão pelo próprio empregado;
  • demissão consensual.

Vamos explicar cada uma, indicando os direitos do trabalhador para cada situação.

Demissão sem justa causa

É a rescisão que ocorre quando não há motivo grave para a dispensa do funcionário. Seus direitos são:

  • salário dos dias trabalhados naquele mês (saldo de salário), incluindo valores de horas extras e adicional noturno, se for o caso;
  • aviso prévio indenizado, se for o caso;
  • 13º proporcional ao tempo que você trabalhou e 13º vencidos, se houver;
  • férias proporcionais e vencidas, acrescidas de 1/3;
  • multa de 40% sobre o valor total de seu FGTS (pago pelo patrão);
  • possibilidade de sacar todo o seu FGTS;
  • seguro-desemprego, se preencher os requisitos específicos.

Rescisão indireta

É quando o empregador deixa de cumprir o combinado no contrato de trabalho – por exemplo, não paga horas extras, não faz os depósitos do FGTS ou reduz o salário do empregado. Nesses casos, o empregado pede demissão alegando que as ilegalidades cometidas pela empresa estão inviabilizando a continuidade dele por lá.

Na rescisão indireta, os direitos trabalhistas são semelhantes à demissão sem justa causa (ver lista acima). Mas será preciso ingressar com uma ação trabalhista contra a empresa para demonstrar as ilegalidades e, assim, obter da Justiça a concordância com a tese de rescisão indireta.

Demissão por justa causa

Ocorre por alguma falta grave cometida pelo próprio trabalhador. Confira o rol de atos que justificam a justa causa:

  • ato de improbidade - falta de ética profissional, de zelo e respeito no local de trabalho, incluindo atos de assédio moral e sexual;
  • incontinência de conduta ou mau procedimento;
  • negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao serviço;
  • condenação criminal do empregado, transitada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
  • desídia no desempenho das respectivas funções. Ou seja, desleixo, falta de atenção, preguiça etc.;
  • embriaguez habitual ou em serviço, incluindo a utilização de drogas;
  • violação de segredo da empresa;
  • ato de indisciplina ou de insubordinação;
  • abandono de emprego;
  • ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
  • ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
  • prática constante de jogos de azar;
  • perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. Por exemplo, quando um advogado, em uma sociedade de advogados, tem a sua licença da OAB cassada em conta de alguma infração disciplinar.

Nesse caso, seus direitos são:

  • saldo de salário, incluindo valores de horas extras e adicional noturno, se for o caso;
  • férias vencidas, acrescidas de 1/3, se for o caso;
  • 13º vencido, se for o caso.

Pedido de demissão

A rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do próprio trabalhador garante a ele os seguintes direitos:

  • saldo de salário, incluindo valores de horas extras e adicional noturno, se for o caso;
  • 13º proporcional ao tempo que você trabalhou e 13º vencidos, se houver;
  • férias proporcionais e vencidas, acrescidas de 1/3;
  • aviso prévio indenizado, se for o caso.

Demissão consensual

É quando a demissão tem iniciativa do próprio empregado e da empresa em que ele trabalha, por meio de um mútuo acordo entre os dois. Na demissão consensual, o empregado terá direito às seguintes verbas trabalhistas:

  • saldo de salário, incluindo valores de horas extras e adicional noturno, se for o caso;
  • 13º proporcional ao tempo que você trabalhou e 13º vencidos, se houver;
  • férias proporcionais e vencidas, acrescidas de 1/3;
  • aviso prévio de 50%, se for o caso;
  • multa de 20% sobre o valor total de seu FGTS (pago pelo patrão);
  • saque de até 80% do saldo de seu FGTS.

Na demissão consensual, o trabalhador não terá direito ao seguro-desemprego.

 

*Com informações do site Jornal Contábil.

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