O dia 1º de dezembro é celebrado desde 1988 como o “Dia Mundial de Luta Contra a Aids”. A data, que tem o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), pretende sensibilizar, celebrar a memória dos que morreram em decorrência da doença e comemorar vitórias como o acesso a serviços de prevenção e tratamento que aumentam a expectativa e a qualidade de vida dos infectados.
Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil (dados de 2020). Dessas, 77% fazem tratamento com retroviral. No mundo, são cerca de 20 milhões de pessoas com acesso ao tratamento do HIV, que consiste em um coquetel de medicamentos a ser tomado pelo resto da vida. O Brasil foi um dos primeiros países a proporcionar tratamento gratuito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O que é AIDS?
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Transmitido pelo contato com sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados, o HIV afeta especificamente as células do sistema imunológico, que perdem a capacidade de lutar contra infecções.
Apesar de a maioria da população conhecer as formas de transmissão da doença e entender que não existem grupos de risco, muito preconceito envolve os portadores de HIV. Sendo assim, a data ainda funciona como uma forma de diminuir a discriminação e quebrar concepções erradas sobre a doença.
Brasil participa de pesquisa pela cura
A Faculdade de Medicina e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) estão participando de uma rede global de pesquisa que utiliza engenharia genética para encontrar a cura definitiva para a infecção. A abordagem buscará o bloqueio completo do HIV dentro das células e sua posterior eliminação, que deverá ser feita com drogas que agirão no material genético do vírus.
A rede de pesquisa é liderada pelas instituições Gladstone Institute, Scripps Research Florida e Weil Cornell Medicine. Após as fases experimentais iniciais, ensaios clínicos deverão ser conduzidos no Hospital das Clínicas da USP.