Transparência. Cidadania. Imprensa livre. Liberdade de pensamento. Justiça social. Todas essas bandeiras, que fazem parte dos valores defendidos pelo Sintibref-PE, já eram levantadas em 6 de março de 1817 por pernambucanos de brio. Foi nessa data que foi proclamada a República de Pernambuco, com base em ideais que até hoje ecoam e inspiram todos que têm consciência cidadã. Neste 6 de março de 2021, relembrar a Data Magna é valorizar nossas raízes e reacender a crença de que dias melhores virão.
Para quem não conhece a história: a Revolução Pernambucana representou um rompimento com o governo da família real portuguesa, que, instalada no Rio de Janeiro, revoltava os cidadãos com seus luxos e favorecimentos, em contraponto a uma pesada carga tributária.
Também conhecido como Revolução dos Padres, por ter a liderança de membros do clero católico (juntamente com a maçonaria), o movimento teve inspiração na Independência dos Estados Unidos. De acordo com o presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, professor George Cabral, "era um projeto de nação muito bem pensado, muito avançado para a época. Era um país com liberdade de consciência, culto, imprensa, além de uma preocupação muito grande com a transparência e legalidade das ações do governo. Tudo isso ficou registrado no projeto de Lei Orgânica", afirma. Outro aspecto importante é que a revolução foi o único dos movimentos anticoloniais que conseguiu tomar o poder e fundar um novo país.
Fortemente reprimida pelo governo português (foram mais de 10 execuções, fora as mortes em combate), a República de Pernambuco durou cerca de 70 dias. Mas seu legado permanece, a começar pela bandeira do movimento, adotada como bandeira oficial do estado 100 anos depois, em 1917.
O feriado estadual de 6 de março, criado para reverenciar a data, deve ser motivo de orgulho para todos os pernambucanos. É o momento de se recordar a coragem dos revoltosos e o valor da força do povo para escrever sua própria história.
No Sintibref-PE, nós acreditamos nesta força e na importância da união. À frente da defesa dos trabalhadores de entidades beneficentes, religiosas e filantrópicas do estado, buscamos diariamente honrar nossa missão em favor de quem atua fazendo o bem e movido pela fé. Que o espírito combativo e de justiça dos nossos antepassados, juntamente com a garra dos trabalhadores que representamos, nos inspirem nessa jornada.